Roteiro 3 dias Ubatuba

by - 22.10.20


A última cidade do litoral norte de São Paulo guarda mais de 100 praias em sua costa, além de ilhas e cachoeiras incríveis para sua viagem.

 

Montar um roteiro de apenas 3 dias foi um grande desafio de escolher os destinos mais paradisíacos, mas com certeza teremos que voltar mais vezes para conhecer outros lugares que Ubatuba pode nos oferecer.

 

Esta viagem foi realizada em Outubro de 2020.

Nosso roteiro de 3 dias em Ubatuba

Dia 1 


Vídeo dia 1 - Ilha das Couves e Praia Prumirim

Saímos às 3h30 da manhã de São Paulo com o objetivo de chegar à Praia de Picinguaba antes das 8h para pegar o primeiro barco rumo à Ilha das Couves. Normalmente o trajeto até Ubatuba leva em torno de 3h, mas como a praia da Picinguaba é uma das últimas quase chegando em Paraty - RJ é necessário reservar mais 1h pra essa parte. Pagamos R$14,10 de pedágios no caminho.

Trajeto Ubatuba com praças de pedágio informações tiradas do site https://qualp.com.br/

Praia Picinguaba


A Praia da Picinguaba possui uma pequena vila bem simples com algumas barracas, mas normalmente é frequentada por quem está buscando um barco para a famosa Ilha das Couves, este local possui poucos lugares para parar na rua e é bem provável que você precise parar em um estacionamento (R$20,00).

 

Importante: Após casos com cerca de 2 a 3mil turistas frequentando a Ilha em feriados e picos como o Réveillon de 2020 com 5 mil turistas, foi decretado um ordenamento turístico em 3 turnos de 177 visitantes por vez. O primeiro turno compreende o horário das 8h às 11h, o segundo das 11h às 14h e o terceiro das 14h às 17h.

 

Os barcos para a Ilha das Couves saem da Praia da Picinguaba e Praia da Almada, além de escunas e lanchas que saem da praia do Itaguá no centro de Ubatuba, porém por ser o ponto mais próximo, esse é a opção mais rápida e econômica (R$65,00 ou R$60,00 em espécie) por isso foi nossa escolha. Alguns barcos e lanchas que saem de outros lugares não são autorizados a desembarcar na ilha, por isso eles só passam por perto.

 

Os ingressos para a Ilha das Couves são vendidos em uma casinha cor de rosa. Chegando lá o primeiro turno já estava esgotado e tivemos que comprar o ingresso para o segundo turno, por isso decidimos aproveitar para conhecer a praia do Prumirim que fica a meia hora de distância.


Casa rosa onde são vendidos os ingressos para o barco

Praia do Prumirim


Importante: Esta praia fica dentro de um condomínio residencial e exige o pagamento de Zona Azul R$12,00/dia, o mesmo cartão te da o direito a frequentar todas as praias de Ubatuba que exigem Zona Azul no mesmo dia.

 

Chegamos um pouco antes das 9h e não havia ninguém vendendo o Zona Azul, mas podem ficar tranquilos que ao verificar que o carro está sem o cartão eles colocam uma notificação e é possível realizar o pagamento em até 72h, encontramos as moças vendendo na saída e já regularizamos para não levarmos multa.

 

O condomínio possui diversos estacionamentos, mas todos levam para a mesma praia, após parar o carro é necessário fazer uma pequena trilha muito tranquila de uns 2 minutinhos. Essa praia possui diversas barracas que abrem depois das 9h para todos os gostos e bolsos.

 

A areia da praia é branquinha e o visual é incrível, mas a praia é de tombo e o mar bem bravo quase me levou, para um banho mais tranquilo o canto direito onde desagua um rio é bem tranquilo e ideal para quem está com crianças, desse rio também saem barcos com passeios.


Praia Prumirim

Ilha das Couves


Finalmente o destino mais esperado do dia, voltamos um pouco antes das 11h para a praia da Picinguaba e os barcos já estavam ancorados na praia e moças com pranchetas estavam organizando os grupos para já ir embarcando e seguir para a ilha.

 

Uma viagem de aproximadamente 15 minutos de barco batendo em diversas ondas, aventura pura. Ao desembarcar na Ilha chegamos à praia Menor, praia de Fora ou praia do Japonês (são muitos nomes que ela recebe) essa praia é bem pequena e serve basicamente para os turistas desembarcarem. Esta praia também possui um quiosque que infelizmente estava fechado (o que foi uma tristeza para nós que fomos bem no turno do almoço). Seguimos por uma trilha de 5 minutos para chegar à praia Maior, praia de Dentro ou prainha das Couves.

 

Esta praia sim possui o cenário paradisíaco que dá fama a Ilha, as águas transparentes fornecem a oportunidade de realizar mergulhos, com snorkel ou cilindro de oxigênio. Vimos aluguel de snorkel na praia da Picinguaba e alguns instrutores com cilindro na ilha.


Ilha das Couves - Praia de Fora à esquerda e Praia de Dentro à direita

Dia 2

Vídeo dia 2 - Trilha das 7 Praias

Trilha das 7 Praias


Como gostamos de fazer trilha e as do primeiro dia não foram desafiadoras o suficiente, tiramos o segundo dia para fazer a trilha das 7 praias (Oeste, Peres, Bonetinho, Grande do Bonete, Deserto e Cedro), esta trilha pode começar pela praia da Lagoinha ou pela praia da Fortaleza, e possui um pequeno desafio logístico.


Como começa em uma praia e termina em outra, é necessário um plano para retornar ao local onde foi estacionado o carro. Caso esteja em 2 carros é mais simples, basta ir com os 2 carros à praia da Fortaleza, deixar um carro por lá e dar carona para os demais até a praia da Lagoinha, na volta fazer o inverso. É possível pedir um Uber, mas há relatos de que os motoristas cancelam, fiz uma simulação e estava dando R$55,00. Também é possível voltar de barco, caso o mar esteja calmo, existem diversas embarcações na praia da Lagoinha, Bonetinho, Grande do Bonete e Fortaleza e vimos pessoas negociando a volta por R$30,00/pessoa. Optamos voltar por um atalho que vamos ensinar a vocês.


Começamos a trilha pela praia da Lagoinha, basta seguir para o canto esquerdo da praia, atravessar o rio (bem raso) e já encontra a entrada da trilha.


Entrada da trilha na ponta esquerda da Praia da Lagoinha

As primeiras trilhas para as praias do Oeste e Peres são bem tranquilas e curtas (cerca de 10 minutos) e vimos diversas famílias com crianças fazendo. Essas praias são bem tranquilas, mas possuem muitas algas, o que faz ficar com uma aparência de suja.

 

A trilha para a praia do Bonetinho também é tranquila, mas um pouco mais extensa (20 minutos) e sentimos que algumas pessoas ficaram para trás. Esta praia é linda e possui uma água com uma tonalidade azul, também possui um quiosque e alguns barcos param no canto direito para turistas visitarem.


Praia do Bonetinho

A próxima trilha possui um pouco de desafio com um pequeno morro que é necessário subir e em seguida descer, mas ainda é bem tranquilo fazer, dura cerca de 10 minutos apenas e chega na praia Grande do Bonete. Esta praia, na minha opinião, é a mais bonita da trilha e também a que ficamos mais tempo. Esta praia possui a areia bem branquinha e o mar azul, a parte do meio é de tombo, mas as pontas são bem tranquilas, essa praia é enorme e como poucas pessoas chegam à essa parte ela fica bem vazia, com exceção da parte da direita, onde possui umas barracas e onde os barcos encostam.

Praia Grande do Bonete

A partir desse ponto não recomendamos para quem não está acostumado com trilhas, esse trecho é um pouco mais fechado e cheio de subidas e descidas, inclusive com uma parte onde colocaram uma corda para ajudar.

Corda para auxiliar na trilha

Depois de uma trilha de meia hora, chegamos a praia do Deserto é uma praia pequena, mas nem por isso perde sua beleza, essa praia é separada apenas por um conjunto de pedras da praia do Cedro, onde encontramos uma pequena barraca vendendo açaí e algumas pessoas acampando no canto, apesar de estar escrito que é proibido a prática de camping selvagem nessa praia.

Praia do Deserto e Cedro são separadas apenas pelo conjunto de pedras ao fundo

Para terminar a trilha tivemos que vencer a parte mais difícil da trilha, por aproximadamente 1h e várias subidas e descidas, em um ponto auxiliada por uma corda novamente, partes estreitas que exigem cuidado, mas enfim chegamos na praia da Fortaleza que por ser uma praia que é possível chegar de carro, estava bem cheia.

Praia da Fortaleza

Como já era de tarde, aproveitamos para comer no Hotel Refúgio do Corsário. Pedimos um prato de peixe com uma farofa de banana que era sugestão da casa e dois copos de suco, a refeição saiu por R$107,00 uma porção generosa e comemos bem, preparados para voltar pela trilha.

 

Como já tínhamos conhecido todas as praias, decidimos voltar por um atalho, pegamos a primeira saída da praia e fomos seguindo subindo o morro e logo achamos a entrada da trilha, que basicamente fica abaixo de uma linha de transmissão de energia, então não há como se perder. Essa trilha durou cerca de 30 minutos atravessando bem no meio do morro e por isso tem uma subida bem puxada, mas logo chegamos na praia grande do Bonete, depois disso voltamos pelo mesmo caminho que viemos e logo estávamos na praia da Lagoinha, onde paramos o carro.


Entrada do atalho

Dia 3

Vídeo dia 3 - Projeto Tamar e Ruínas da Lagoinha


Projeto Tamar

No nosso último dia na cidade fomos conhecer o projeto Tamar, fundado em 1980, que cuida da preservação das tartarugas na costa brasileira. Alguns voluntários ficam explicando e são bem receptivos, podemos fazer várias perguntas. Conhecemos um pouco dos projetos novos e os resultados dos que já estão sendo executados, foi uma experiência bem legal e recomendamos a todos.

 

Lá é possível ver tartarugas enormes e de diversas espécies, e com certeza a parte mais legal é um túnel onde possui um vidro e dá pra ver as tartarugas de dentro da água. Diversão garantida para crianças e adultos. Preço: R$21,00 com direito a meia-entrada para pessoas que possuem esse direito. No final tem uma lojinha que podemos levar as famosas lembrancinhas desse passeio.

Projeto Tamar

Ruínas da Lagoinha

De volta a praia da Lagoinha atravessando a rodovia, é possível conhecer as ruínas de uma antiga fazenda. É um caminho tranquilo que pode ser feito de carro mesmo por uma estradinha de terra que quando vira paralelepípedo fica logo à esquerda.

Ruínas da Lagoinha

As ruínas fazem parte de uma fazenda que pertencia ao Capitão Romualdo. O Capitão era muito querido e mesmo após a abolição da escravidão, os negros continuaram trabalhando na fazenda, mas após sua morte a viúva enlouqueceu com sua falta e expulsou todos da fazenda.

 

Existe uma cachoeira que possui entrada cerca de 100m depois das Ruínas e dura cerca de 30 minutos, porém como já estava tarde e precisávamos voltar para casa acabamos não fazendo, fica pra próxima.

 

Na volta para São Paulo, decidimos seguir para Caraguatatuba e subir pela serra da Tamoios que é um trajeto um pouco melhor que a serra da Oswaldo Cruz. Porém nesse trecho possui mais pedágios e pagamos R$22,40. Como era feriado, pegamos muito trânsito no trajeto para Caraguatatuba, então caso vá em alta temporada ou feriado, já vá preparado e com paciência para ficar horas parado no trânsito.

Quando ir à Ubatuba?


A época mais badalada de Ubatuba é no verão, que vai de dezembro a março, mas também são os meses que mais chove na região, o apelido de Ubachuva não é à toa. Mesmo nos períodos mais cheios é possível encontrar praias vazias, afinal estamos falando de uma cidade com mais de 100 praias, mas o trânsito é inevitável.

Para mais informações, estamos:

No instagram @viajunto.oficial

No Youtube

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