Roteiro 4 dias Capitólio - MG

by - 12.11.20


A cidade que abriga o famoso mar de Furnas é como ficou conhecida Capitólio no interior de Minas Gerais, mas ela pode nos oferecer muito mais do que isso, são diversas cachoeiras para visitar além de ser muito próxima à Serra da Canastra, onde aproveitamos para conhecer.

 

O mar de Furnas não é natural, ele foi criado a partir da criação da represa de Furnas, quando o represamento da água alagou toda a parte dos Canyons, formando essa paisagem linda que ficou famosa e atrai tantos turistas, dependendo da quantidade de chuvas no ano, o nível da água pode variar bastante, inclusive chegando a secar, o que leva a brigas entre a usina e os habitantes que vivem do turismo, felizmente havia água quando fomos.

 

Aproveitamos o feriado do carnaval para curtir 4 maravilhosos dias nessa cidade encantadora, como queríamos conhecer a Serra da Canastra, nos hospedamos na cidade vizinha Piumhi, que além de ficar no meio do caminho, ainda possuía preços mais acessíveis para o feriadão.

OBS: existe um pedágio de R$6,40 entre Capitólio e Piumhi ida e volta, leve isso em consideração ao reservar o hotel.

 

Esta viagem foi realizada em Fevereiro de 2020.


Nosso roteiro de 4 dias em Capitólio


Vídeo - Roteiro 4 dias Capitólio

Dia 1


Saímos cedo de São Paulo pela Bandeirantes com o objetivo de chegar à Capitólio normalmente o trajeto leva em torno de 5h, e passamos por diversas estradas, as estradas em São Paulo são muito boas, duplicadas em toda a extensão, mas passando a fronteira para Minas, a estrada já vira de mão dupla e com alguns buracos, então tome cuidado, principalmente se for realizar ultrapassagem de algum caminhão no caminho. Pagamos R$52,10 de pedágios no caminho.

Trajeto Capitólio com praças de pedágio informações tiradas do site https://qualp.com.br/

Saímos cedo de São Paulo pela Bandeirantes com o objetivo de chegar à Capitólio normalmente o trajeto leva em torno de 5h, e passamos por diversas estradas, as estradas em São Paulo são muito boas, duplicadas em toda a extensão, mas passando a fronteira para Minas, a estrada já vira de mão dupla e com alguns buracos, então tome cuidado, principalmente se for realizar ultrapassagem de algum caminhão no caminho. Pagamos R$52,10 de pedágios no caminho.

Mirante dos Canyons

Uma boa pedida é aproveitar o caminho para realizar uma parada na MG-050 para conhecer o cartão postal da cidade, o mirante dos Canyons. Costumava ser gratuita a entrada, mas com o aumento do turismo, decidiram fechar o acesso e cobrar R$20,00.

Por esse valor é possível ter acesso à 3 áreas: o mirante da pedra (mais famosa), um mirante onde é possível ver as lanchas lá embaixo e uma pequena piscina natural que estava fechada, para evitar tromba d'água visto que havia previsão de chuva. Para quem não quiser pagar, ainda vale a parada para uma foto da estrada, não é a mesma vista, mas já dá pra ver uma boa parte dos Canyons.

Como a tarde choveu, apenas nos acomodamos no hotel e dormimos cedo para descansar para a trilha do dia seguinte.

Dia 2

Cachoeira Casca D'Anta (Parque da Serra da Canastra)


Para chegar a Serra da Canastra seguimos pelo sentido oposto a Capitólio até uma cidade chamada Vargem Bonita (onde paramos na volta para comprar o queijo da Canastra), passando pela cidade começa uma estrada de terra, onde pode complicar um pouco caso chova, por sorte esse foi o único dia que não pegamos chuva na viagem e meu carrinho 1.0 aguentou até chegar na portaria 4.

 

Para chegar na cachoeira Casca D'Anta é possível ir pela portaria 1, pelo alto ou para a portaria 4, por baixo, como faríamos a trilha de qualquer jeito preferimos começar por baixo, afinal a volta, quando já estaríamos cansados, seria mais fácil. Na internet vimos que o acesso ao parque possui uma pequena taxa, mas não fomos cobrados na entrada.


Serra da Canastra com nosso objetivo ao centro

Após entrar no Parque, temos uma trilha muito fácil de uns 10 minutos que possui 2 banheiros, se quiser aproveite essa hora depois não tem mais. Logo em frente temos uma bifurcação, onde podemos ir para cima da cachoeira (1h30 - difícil) ou para baixo (30min - fácil), decidimos começar pela difícil.

 

Boa parte dessa trilha é apenas subida, o que exige bastante condicionamento físico, para vencer os quase 200m de altura da cachoeira e 3,5km de extensão. Além disso, uma boa parte da trilha é estreita e vai beirando o morro, então tomem bastante cuidado para não escorregar, principalmente se tiver em época de chuvas onde o terreno pode estar molhado.

 

Chegando lá em cima, já é possível visualizar o estacionamento da portaria 1, pra quem quiser fazer apenas a parte de cima, essa pode ser uma opção mais fácil. Nessa parte possui uma pequena piscina natural antes das 3 quedas, após a primeira queda possui vários avisos para não entrar mais na água.


Aviso de perigo

Chegando nessa parte, confesso que fiquei um pouco decepcionado, não é possível ver a cachoeira da Casca D'Anta desse ponto. Mas após mais uma pequena subida nas pedras é possível visualizar de cima toda a imensidão do Parque da Serra da Canastra que compensa o esforço da subida, e lá embaixo também é possível ver o estacionamento da portaria 4 e ter uma ideia de toda a subida para chegar até aqui.

Vista de cima da Cachoeira da Casca D'Anta

Após apreciar um pouco a vista, descemos de volta para realizar a segunda trilha. Apesar de ser mais curta e fácil, ela possui alguns pontos de atenção. Nessa trilha passamos por um ponto onde é possível parar para banho. Logo na frente existe um mirante onde já é possível ter uma vista da magnitude da cachoeira, neste ponto parece que está garoando, mas são respingos da cachoeira.

 

Após esse mirante é possível seguir mais um pouco e é aqui que necessita de mais atenção, cada vez mais, mais água respinga da cachoeira e existe um trecho onde o pé é completamente coberto por lama e vimos várias pessoas escorregando nessa parte. Na parte mais próxima a cachoeira parece que está chovendo bem forte e são somente pedras, por isso fica bem escorregadio, então tomem bastante cuidado, mas aqui finalmente vimos a cachoeira bem de perto.


Tomando chuva de cachoeira

Na volta aproveitamos o trecho onde é possível o banho para limpar toda a lama do caminho. Pegamos o carro e fomos embora antes da chuva.

Dia 3


Passeio de Lancha


Vimos que normalmente não é necessário reservar antes, mas como fomos no feriado, decidimos garantir e reservar no Restaurante do Turvo e Náutica na MG-050, que é o maior e mais famoso, pagamos R$90,00 cada e dura 3h, é necessário transferir metade do valor para garantir a reserva. Na hora é possível negociar melhores preços, então se você não vai em feriados, talvez valha a pena esperar.

 

Também é possível pegar as lanchas dentro da cidade de Capitólio, mas os pontos de parada são os mesmos, apenas o percurso é maior e por isso mais caro, pode ser uma opção para quem quer curtir mais o passeio de lancha. Além disso, é possível ir de Chalana que por ser mais lenta faz menos parada, mas é mais barata.

 

No nosso passeio fizemos 5 paradas, cada lancha faz um percurso, por isso é bom perguntar antes para não perder nenhuma parada. As paradas foram: Cachoeira Lagoa Azul, Canyons, Vale dos Tucanos, Ilha da Fantasia e um bar flutuante.


Cachoeira Lagoa Azul

Nosso primeiro ponto de parada foi na Cachoeira Lagoa Azul, nela possuí um bar flutuante e logo a frente é possível realizar mergulho. Além disso, é possível subir para curtir de cima, mas é pago (R$20,00), pois é uma propriedade particular, também é possível chegar nesse ponto pela estrada, o que pode ser uma melhor opção, pois você pode ficar o tempo que desejar sem se preocupar com a lancha.

Cachoeira Lagoa Azul


Cachoeira dos Canyons

Essa é a parada mais famosa, onde voltamos para o ponto que fizemos no primeiro dia do mirante, neste ponto as lanchas ficam todas paradas para curtir um pouco a paisagem, porém é proibido descer do barco.

Cachoeira dos Canyons

Vale dos Tucanos

Esse ponto, na minha opinião é o mais bonito, é onde a lancha realmente entra nos vãos dos canyons e passa por partes extremamente estreitas, onde em alguns momentos achei que as lanchas iriam bater. Aqui também não é possível realizar o mergulho, mas nem por isso perde sua beleza.

Cachoeira Lagoa Azul

Ilha da Fantasia

Após isso passamos por uma ilha, que aparentemente não havia nada, mas o dono do terreno fez um bar e começou a decorar, reformou um ônibus para que ele vire banheiro público, achamos bacana a iniciativa, transformando um terreno que não havia nada em um local bem charmoso que vale a visita.

Ilha da Fantasia

Por último paramos em mais um bar flutuante, onde havia mais uma pequena cachoeira e era possível o mergulho e voltamos para o Restaurante do Turvo. Como já era hora do almoço, aproveitamos para experimentar a famosa Traíra Desossada, esse prato custou mais ou menos R$100,00 e dá tranquilamente para 2 pessoas, é bem gostoso, vem uma porção generosa, vale a pena.

Traíra Desossada.

Dia 4

Trilha do Sol


Saímos cedo da pousada que ficamos. Seguindo pela MG-050 sentido São Paulo, uma das últimas saídas é para a Trilha do Sol e paramos para conhecer mais um ponto antes de retornar para casa. Este passeio fica em uma propriedade particular e a entrada custa R$45,00. Possui estacionamento, restaurante, uma piscina e claro 3 trilhas bem fáceis que fomos conhecer.

Trilha do Sol

A primeira parada foi na cachoeira No Limite que possui um mirante na parte de cima e descendo com a ajuda de uma corda e uma escada com degraus bem altos é possível mergulhar e curtir um pouco a cachoeira.

Cachoeira No Limite

Logo depois, fomos para a cachoeira do Grito, nesse ponto a pedra fica molhada e é bem escorregadio, mas é possível ficar bem embaixo de uma pequena queda d'água que faz uma massagem relaxante nas costas, um bom ponto para gastar alguns minutos relaxando.

Cachoeira do Grito

Na hora que estávamos indo para o Poço Dourado, começou a chover do nada e decidimos ir embora encharcados, ao chegar no estacionamento aproveitamos o banheiro para trocar de roupa antes de pegar a estrada.

Quando ir à Capitólio?

Como possui muitas cachoeiras, o ideal era ir no verão certo? ERRADO! Essa região faz bastante calor a maior parte do ano, porém no verão é a época das chuvas e ela atrapalhou um pouco essa viagem. Além das nuvens não deixarem o tempo aberto e bonito, as chuvas podem causar trombas d'água e pode ser bem perigoso, as cachoeiras particulares até proíbem a visitação dependendo da previsão, além disso as estradas de terra ficam bem complicadas quando chove. É bom também evitar o inverno, pois as baixas temperaturas podem desencorajar a entrar na água, então o recomendável é ir nos meses de abril e maio ou setembro e outubro.

Para mais informações, estamos:

No instagram @viajunto.oficial

No Youtube

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